Dissertações e teses

Defesas 2019

Dissertações de Mestrado

Aluno: Daniel Rodrigues da Costa
Título: A questão da memoria dei nas Confissões e no Sobre a Trindade de Agostinho
Orientador: Fernando Eduardo de Barros Rey Puente- UFMG
21/02/2109, às 14 horas 
Resumo:
Na presente dissertação, apresentamos um estudo sobre a teoria do conhecimento metafísico de Agostinho, denominada “doutrina da iluminação”. Tendo como foco, em especial, as obras Confissões e Sobre a Trindade, iremos analisar as condições de possibilidade para o conhecimento da verdade e como a alma humana se relaciona com o transcendente, segundo o bispo de Hipona. Analisaremos, também, a tese do século XX que afirma ser a memoria Dei, ápice da doutrina da iluminação, uma ilação válida diante da filosofia agostiniana.



Tese de Doutorado
A NATUREZA E AS MANIFESTAÇÕES DO DESEJO NA REPÚBLICA DE PLATÃO
Juliano Paccos Caram
Orientadora:
Profa. Miriam Campolina Diniz Peixoto


RESUMO
A presente tese defende a distinção entre os gêneros ou princípios de ação constitutivos da alma, apresentados e discutidos por Platão no âmbito de sua República, e as diversas manifestações do desejo, expressas como modulações da alma em sua totalidade e que, por conseguinte, exprimem-se a partir de certa conformação destes mesmos gêneros. O trabalho visa demonstrar de que maneira a natureza do desejo na alma, bem como sua origem, inscrevem-se para além deles, inclusive e especialmente do gênero desiderativo da alma (πιθυμητικον) e da irracionalidade que lhe é própria. A πιθυμία, e por extensão os demais termos correlatos que recobrem a noção de desejo no âmbito do diálogo, distinta do ἐπιθυμητικόν, parece-nos mais corretamente compreendida se tomada em seu caráter relacional, ou seja, como resultado não de um único gênero anímico, mas da relação entre os gêneros que constituem a alma, o que possibilita inscrevê-la tanto na direção de um prazer imediato – as repleções em geral -, quanto visando prazeres mediados pelo conhecimento e pela sabedoria. Como congênere à própria ação, o desejo surge como força propulsora na interação entre o corpo e a alma, que move o indivíduo como um todo em sua busca de satisfação ora por vias irracionais, ora por via da racionalidade. Fundamentalmente, o homem, unidade corpo-alma, deseja e seu modo de desejar exprime sempre uma certa disposição dos gêneros anímicos; logo, do seu modo de exercer sua atividade de animação. Como resultado desta constituição dos diversos modos de desejar, promove a ação que obterá ou não seu resultado esperado diante da organização e reorganização dos princípios anímicos que constituem o indivíduo e que o dispõe ao exercício de suas funções na polis. Não se trata, por exemplo, de afirmar que o tirano é um homem que age mal porque se deixa conduzir pelo gênero desiderativo de sua alma ou por desejos exclusivos deste, mas o é porque a organização de seu composto corpóreo-anímico manifesta um desvio de função que o faz desejar conteúdos menos nobres. Do mesmo modo, o filósofo não deve ser entendido como um homem que age bem porque se move de acordo com desejos exclusivos do gênero raciocinativo (λογιστικόν) de sua alma, mas o é porque seu modo de desejar encontra-se orientado por motivos racionais, engendrando um movimento em seu composto corpo-alma como um todo, de acordo com esses mesmos motivos. Logo, a verificação da validade de nossa hipótese pressupõe que investiguemos e sejamos capazes de demonstrar como o desejo se comporta na alma e como se manifesta a partir dela, sendo sumamente necessário à ação humana e, inclusive e especialmente, à práxis filosófica, pois é através dele que se pode alcançar o verdadeiro conhecimento e sabedoria.


Palavras-chave: Platão. Desejo. Alma. Corpo. Ação. 

UFMG, dia 12 de fevereiro de 2015
 __________________________________

Dissertação de Mestrado
HEITOR, O GUARDIÃO DA CIDADE? O HERÓI ÉPICO SOB A CRÍTICA FILOSÓFICA.
Jean George Farias do Nascimento
Orientadora :
Profa. Maria Cecília de Miranda Nogueira Coelho

RESUMO: 

A partir da leitura da República de Platão, voltamo-nos para a identificação da crítica do filósofo aos modelos poéticos homéricos que norteavam a educação dos jovens gregos, modelos que, na visão do filósofo, seriam causa importante da má constituição da alma do cidadão e comprometeriam a formação do bom guardião. Em um segundo momento destacamos o caracterização do personagem homérico Heitor, cuja composição  estabelecida na Ilíada de Homero mostra-nos um guerreiro dedicado à proteção da cidade e de valores similares aos que são descritos como característicos do bom guardião na obra platônica. Nosso texto analisa a concepção destas duas figuras, Heitor e o guardião da cidade platônica, buscando verificar se o personagem homérico corresponderia a um possível modelo que poderia ter inspirado Platão, ou, pelo menos, que possa hoje servir de referência para compreendermos o modelo do  bom guardião. Em síntese, o objetivo desta dissertação é discutir questões relacionadas a modelos poéticos e aos fundamentos filosóficos da paidéia platônica para a constituição de uma cidade que seja justa e feliz.

UFMG, 5 de fevereiro de 2015



_______________________________


Dissertação de mestrado:
O deus artesão: o papel do demiurgo no Timeu de Platão.
João L. S. Manini
Orientador: Marcelo P. Marques

Resumo :
O presente trabalho objetiva analisar a figura mítica do demiurgo no Timeude Platão. Para cumprir este objetivo, partimos de uma análise do diálogo como um todo, visando compreender a significação filosófica do deus artesão em sua relação com os outros elementos expostos durante a narrativa, a saber, deuses menores, alma do mundo, necessidade, receptáculo. Argumentamos que o demiurgo opera como representante metafórico de um princípio inteligente suposto no mundo ordenado, apresentado no diálogo como causa primária da geração do cosmo. Para sustentar nossa hipótese, investigamos o proêmio que circunscreve o discurso da personagem a um mito verossímil.  Também apreciamos as possibilidades de leitura literal ou não literal do Timeu, assim como indicamos as tradições de saber cosmológico com as quais Platão dialoga ao estabelecer um princípio inteligente como fundamento primeiro do devir. Nossa pesquisa reverbera ainda na inevitável reflexão sobre a importância das formas para o pensamento de Platão mesmo em seu período de produção mais tardia, como parece indicar o Timeu.
UFMG, 16 de maio de 2014.
__________________________________

Tese de doutorado:
A retórica de Platão em cena: crítica filosófica e refutação no Fedro. 
Venúncia Coelho
Orientador: Marcelo P. Marques

UFMG, 10 de abril de 2014.



Dissertação de mestrado:
A importância da análise semântica e das categorias no livro I da Física de Aristóteles.
Guilherme Ferreira Araújo
Orientador: Fernando Rey Puente

RESUMO

UFMG, 21 de Outubro de 2013.



Dissertação de mestrado:
A hipótese das essências no Crátilo de Platão.
Michel Menezes da Costa
Orientador: Marcelo Pimenta Marques

RESUMO

UFMG, 24 de Maio de 2013.


Dissertação de mestrado:
Razão, alma e sensação na antropologia de Heraclito.
Celso de Oliveira Vieira
Orientadora: Miriam Campolina Diniz Peixoto


RESUMO
Um problema na compreensão do pensamento de Heráclito é entender como acontece a interação entre o que hoje se divide em três áreas do estudo filosófico: a cosmologia, a epistemologia e a lógica (esta última entendida num sentido amplo de investigação sobre o discurso e linguagem). Mesmo estando uma tal categorização ausente do pensamento heraclitiano, seu exame é necessário, já que muitos dos fragmentos do filósofo abordam diretamente questões cosmológicas, epistemológicas e lógicas. No corpus dos seus fragmentos são facilmente identificáveis reflexões acerca da existência do mundo (B30), da geração e do perecimento de seus componentes (B36), do estatuto das coisas (B10); bem como do conhecimento das coisas pela razão (B2) ou pela percepção (B107) humanas; e ainda dos discursos que tratam destes problemas (B50, B108).
UFMG, Belo Horizonte, 2011.



Dissertação de mestrado :
O agon de Sócrates no horizonte de distinção entre ser e parecer. 
Tradução e comentário da Apologia de Socrates de Platao.
Daniela Paulinelli Rodrigues Freitas
Orientadora: Miriam Campolina Diniz Peixoto



RESUMO
Nesta dissertação, que se apresenta sob a forma de uma tradução e de um comentário da obra Apologia de Sócrates de Platão, analisamos a percepção platônica do conflito ético instaurado pela figura de Sócrates, por sua vida, condenação e morte, tomando como fio condutor o problema que identificamos como sendo o núcleo desta obra: a distinção entre ser e parecer.
Neste horizonte hermenêutico investigamos as razões subjacentes a este conflito, seus principais focos e suas consequências na Atenas do século V a.C. A análise deste conflito ético fundamental na história do Ocidente trouxe à tona novas luzes para o estudo não somente do Sócrates de Platão, mas, também, da filosofia da Academia. Nesta perspectiva, evidenciamos e analisamos o que consideramos ser a gênese de alguns dos principais aspectos fundadores da filosofia platônica, demostrando a importância desta obra no corpus platonicum e na historia da filosofia antiga.

FAJE, Belo Horizonte, 2009.

Dissertação de mestrado :
Da ação à habituação: a finalidade poiética da ação na ética aristotélica
Débora Mariz
Orientadora: Miriam Campolina Diniz Peixoto

RESUMO
Esta dissertação realizou um estudo acerca do processo de habituação envolvido na modelagem da natureza humana em Aristóteles. Seu objetivo foi analisar os operadores envolvidos nesse Esta dissertação realizou um estudo acerca do processo de habituação envolvido na modelagem da natureza humana em Aristóteles. Seu objetivo foi analisar os operadores envolvidos nesse processo e de que maneira eles modelam um caráter virtuoso ou vicioso no homem, bem como a possibilidade da reversibilidade de um caráter já estabelecido. Para tanto, analisamos os conceitos de natureza, natureza animal e natureza humana, buscando,com isso, perceber a especificidade na natureza humana, bem como suas semelhanças em relação aos demais animais. A partir daí, analisamos a especificidade da ação propriamente humana, fruto de um certo princípio de indeterminação constitutivo da natureza humana, compreendendo na ação uma finalidade poiética: a produção da excelência do próprio homem. E, enfim, compreendemos o processo de habituação como um conjunto de operadores envolvidos nessa auto-produção da natureza humana, modelando-a de maneira virtuosa ou viciosa.
UFMG, Belo Horizonte, 2007.


Tese de doutorando :

Contemplação e virtude em Plotino.

Bernardo Guadalupe dos Santos Lins Brandão

Orientador: Fernando Rey Puente

Resumo

UFMG, Belo Horizonte, 14/08/2012 

Nenhum comentário:

Postar um comentário